Quem nunca viu uma pessoa pela primeira
vez e ficou imaginando as características de sua personalidade?
Simpática? Arrogante? Confiável? E, ao conhecê-la um pouco melhor, se
surpreendeu e percebeu que estava totalmente enganado?
No primeiro encontro é comum nos
basearmos em características pontuais do outro, como roupa, voz,
expressões. Mas, será que a pessoa não pode estar cansada naquele dia e,
consequentemente, mais quieta, ou que veio direto de uma reunião
importante e, por isso, está muito arrumada para o local do encontro?
Faz parte da psiquê humana
tentar encaixar aquilo que é novo em algo previamente conhecido. Isso
pode ocorrer com qualquer novidade, seja ela um objeto, uma situação, um
lugar ou uma pessoa.
Como se forma uma primeira impressão?
Ao nos depararmos com alguém desconhecido
tentamos, sem nos dar conta, buscar alguma característica nessa pessoa
que nos seja familiar. Ou seja, identificamos no outro algo relacionado
com nossas experiências anteriores.
Qualquer característica pode ser
utilizada nesse processo, como um jeito de falar, um comportamento, o
timbre de voz, forma de se vestir, até mesmo uma religião ou cor da
pele.
Esse mecanismo ocorre de forma automática
e inconsciente em todos nós. É uma forma que temos de diminuir a
ansiedade gerada diante de algo totalmente novo e, assim, nos
defendermos de uma possível ameaça imaginária.
Quando conseguimos realizar esse processo
transformamos, na nossa fantasia, o desconhecido em algo familiar. Se a
associação feita se baseou em alguém que nos promoveu boas sensações
anteriormente, a nossa primeira impressão do estranho será agradável e
positiva, logo desejaremos nos aproximar. Porém, o contrário também pode
ser verdadeiro. Por exemplo, se a voz do desconhecido nos remeter a uma
pessoa que nos gerou desconfiança e mal estar no passado, tenderemos a
nos afastar.
O risco do preconceito
Caso acreditemos fielmente nessa primeira
impressão que temos do outro, podemos ser injustos e até mesmo
preconceituosos. Pois, conferimos a ele atitudes, personalidade e
caráter que foram fantasiados por nós e baseados em experiências
anteriores que nada tem a ver com o desconhecido.
Os indivíduos são diferentes uns dos
outros! Não basta que tenham a mesma religião ou timbre de voz
semelhantes, por exemplo, para que sejam rotulados e igualados.
Busque uma segunda impressão!
As pessoas são complexas, distintas e,
por isso, interessantes. Cada uma a sua maneira. Precisamos estar
abertos para conhecer o novo de forma verdadeira e plena, para que só
então possamos construir, ao longo do tempo, uma opinião mais real a seu
respeito. Dessa forma, podemos decidir de maneira mais justa e adequada
qual o nível de proximidade e de relacionamento desejamos ter com o
outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário