Psicologia

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Morre lentamente

Morre lentamente
Quem não viaja, quem não houve música,
Quem não acha graça em si mesmo.

Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio, 
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito,
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos.

Morre lentamente
Quem não muda de marca, não se arrisca a vestir
Uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
Justamente as que regam o brilho dos olhos e os
Corações aos tropeços.

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz com
O seu trabalho ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos.

Viva hoje!
Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Seja feliz.


Pablo Neruda. 

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