Psicologia

Psicologia

terça-feira, 29 de março de 2016

O homem psicológico maduro

"As grandes renovações nunca vêm de cima: vêm sempre de baixo. Assim como as árvores não crescem nunca do céu para o chão e sim do chão para o céu, embora as sementes tenham um dia caído de cima."

Carl Jung



O ser humano é o mais alto e nobre investimento da vida, momento grandioso do processo evolutivo que, para atingir a sua culminância, atravessa dife­rentes fases que lhe permitem a estruturação psico­lógica, seu amadurecimento, sua individualização, con­forme Jung.
 
Ao atingir a idade adulta deve estar em condi­ções de viver as suas responsabilidades e os desafi­os existenciais. É comum, no entanto, perceber-se que o desenvolvimento fisiológico raramente faz-se acom­panhar do seu correspondente emocional, o que se transforma em conflito, quando um aspecto não é identificado com o outro.

O seu processo de amadurecimento psicológico, portanto, pode ser comparado a uma larga gestação, cujo parto doloroso propicia especial plenificação.
 
Procedente de atavismos agressivos, imantado ainda aos instintos, o ser cresce sob pressões que lhe despertam a necessidade de desabrochar os valores adormecidos, qual semente que se intumesce sob as cargas esmagadoras do solo, a fim de libertar o vege­tal embrionário, que se agigantará através do tempo. 
Em sucessão, apresenta-se introvertido, egoísta, possuindo sem repartir, detentor de coisas, não de paz pessoal.O amadurecimento psicológico é imperativo que surge naturalmente, ou por necessidade que se esta­belece no processo da evolução.O ser imaturo, ambicioso, apaixonado, frustra-se, irrita-se sempre, mata e mata-se, porque o significado da sua vida é o ego perturbador e finito, circular-es­treito e sem metas.

Superar o estado egocêntrico, para tornar-se útil socialmente, caracteriza o rompimento com o círculo familiar da infância e abre-o à comunidade, que é a grande escola da vida. O indivíduo não pode viver sem relacionamentos, pois que, por contrário, aliena-se. O seu desenvolvimento deflui dos contatos com a natureza e as criaturas, dos seus inter-relacionamen­tos pessoais, renunciando à liberdade interior, a fim de plenificar-se no grupo.
 
O homem maduro psicologicamente vive a ampli­dão infinita das aspirações do bom, do belo, do verda­deiro, e, esvaído do ego, atinge o self, tornando-se homem integral, ideal, no rumo do infinito.


Fonte:
Extraído do livro “O ser consciente” – Joanna de Angelis – Psicografia de Divaldo Pereira Franco

Nenhum comentário:

Postar um comentário