Psicologia

Psicologia

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Self

Jung chamou o self de arquétipo central, arquétipo da ordem e totalidade da personalidade. "Consciente e inconsciente não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas complementam-se mutuamente para formar uma totalidade: o self." (Jung, 1928, p.53).

Jung descobriu o arquétipo do self apenas depois de estarem concluídas suas investigações sobre as outras estruturas da psique. O self é com freqüência figurado em sonhos ou imagens de forma impessoal - como um círculo, mandala, cristal ou pedra - ou pessoal - como um casal real, uma criança divina, ou na forma de outro símbolo de divindade. Todos estes são símbolos da totalidade, unificação, reconciliação de polaridades, ou equilíbrio dinâmico - os objetos do processo de individuação.
 
O self é um fator interno de orientação, muito diferente e até mesmo estranho ao ego e à consciência. "O self não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que abarca tanto o consciente quanto o inconsciente; é o centro desta totalidade, assim como o ego é o centro da consciência" (Jung, 1936, p.41). Ele pode, de início, aparecer em sonhos como uma imagem significante, um ponto ou uma sujeira de mosca, pelo fato do self ser bem pouco familiar e pouco desenvolvido na maioria das pessoas. O desenvolvimento do self não significa que o ego seja dissolvido. Este último continua sendo o centro da consciência, mas agora ele é vinculado ao self como consequência de um longo e árduo processo de compreensão e aceitação de nossos processos inconscientes. O ego já não parece mais o centro da personalidade, mas uma das inúmeras estruturas dentro da psique.
"O self designa a personalidade total. A personalidade total do Homem é indescritível... porque seu inconsciente não pode ser descrito." (Jung em Evans, 1964, p. 62).

Referência: Teorias da Personalidade, 1939. James Fadiman, Robert Frager.

Nenhum comentário:

Postar um comentário